O Disque-Denúncia já recebeu, até as 18h10 deste sábado (13), 53 informações sobre o assassinato da juíza Patricia Acioli, na madrugada de sexta-feira (12), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a central, a maioria das informações é sobre possíveis autores do crime.
O serviço funciona 24 horas por dia e o anonimato é garantido. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (21) 2253-1177.
A juíza Patricia Acioli foi assassinada na porta de casa, em Niterói, na Região Metropolitana. Segundo o delegado titular da Divisão de Homicidio, Felipe Ettore, ela foi atingida por 21 tiros: "A juíza sofreu uma emboscada, foi alvejada por 21 disparos e agora estamos investigando o autor e o mandante da execução", disse ele.
Pela manhã, a chefe de Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, esteve por cerca de três horas na Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, reunida com investigadores para acompanhar as novidades sobre o caso. No entanto, ao deixar a DH, a delegada afirmou que este é um momento de silêncio e objetividade nas investigações
"A nossa presença hoje foi para continuar conversando com o Dr. Felipe (Ettore), que investiga o caso, e só dizer que esse é o momento de trabalhar, de silêncio para analisar todas as informações e trata-las com coerência, com cuidado. Por isso o silêncio é importante", afirmou.
O delegado Felipe Ettore também preferiu não dar detalhes sobre a linha de investigação da polícia. O presidente da Associação de Magistrados do Brasil, desembargador Nelson Calandra, também esteve na DH. Em breves palavras, ele criticou o sistema penal brasileiro.
"A juíza Patrícia Acioli é uma vítima da covardia de organizações criminosas e de um sistema processual penal onde sua excelência é o réu e não o juiz, onde as pessoas cometem um crime de morte e saem pela porta da frente, junto com a família da vítima”, disse o desembargador.
E completou: "Não há um sistema de segurança para toda a magistratura brasileira que deve ser traçado pelo Ministério do Trabalho. O ministério tem obrigação de nos dar apoio logístico necessário. O que fazemos em tribunais de todo o Brasil é tirar o policial combatente na rua e colocar no nosso corpo de segurança. Uma coisa é combater a criminalidade na rua, outra coisa é garantir a segurança de juízes. A dor da associação é profunda, mas nossa indignação é maior. Vamos tomar providências seriíssimas", disse Calandra.
Pelo menos 18 pessoas já foram ouvidas sobre o crime. Entre as testemunhas, o namorado da juíza, o Policial Militar Marcelo Poubel, que falou durante mais de 6h na DH.
Fonte: G1.
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