Foi um jogo digno de seu nome, Clássico dos Clássicos. Em sete minutos de partida, o placar já estava 1x1 e as torcidas gritavam enlouquecidamente, empurrando seus atletas, pedindo gols, cobrando passes. O resultado, depois de muito vaivém, foi favorável ao Náutico, que venceu o Sport por 3x2 neste domingo (01), em partida válida pela 33ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.
Quem abriu o marcador foram os donos da casa, com gol de Bruno Mineiro aos 4 minutos. Aos 7, o Sport empatou, com Vandinho, mas o Náutico foi para o intervalo na dianteira do placar, depois de belo gol de Carlinhos Bala, aos 33. No segundo tempo, o Leão empatou de novo, graças a gol de Wilson, aos 15 minutos. O Náutico recuperou a vantagem aos 18, com golaço de Irênio.
"Esse jogo provou que o nosso time só depende da gente. Depois de amanhã é pensar no próximo jogo para sair dessa situação. Nós temos que ter confiança, porque nosso grupo é muito bom", disse o atacante Bruno Mineiro. Carlinhos Bala emendou: "Não dependemos de ninguém, só da gente, porque temos um grupo forte. Clássico é jogo que se decide no detalhe e a vitória dá tranqüilidade para a gente ir em busca de outras vitórias", finalizou o camisa 10.
Do lado do Rubro-negro, a derrota foi aceita com tranquilidade. "Acho que a gente fez um grande segundo tempo, mas o Náutico conseguiu um resultado justo. Eles tiveram mais competência para concluir e ir atrás do jogo", disse o técnico do Sport, Péricles Chamusca, antes de descer para os vestiários.
Com esse resultado, o Náutico chega a 35 pontos, mas não muda a posição na tabela: continua sendo o 18º colocado, porque o Santo André, adversário direto na luta contra o rebaixamento, também fez o dever de casa e venceu o Grêmio por 2x0. O próximo adversário do Timbu é o Santos, no Pacaembu (SP), no sábado (07).
O Sport, com 30 pontos, segura a lanterna da Série A – o Fluminense, ex-lanterna, venceu o Cruzeiro, em Belo Horizonte, por 3x2. Na próxima rodada, o Leão recebe o mesmo Cruzeiro, também no sábado.
O JOGO
Aos quatro minutos de jogo, Hamilton disputou uma bola com Irênio, sentiu dores na cabeça, e ficou caído no chão pedindo atendimento. O jogo seguiu e Michel entrou justamente pelo lado da área em que Hamilton estava caído. O camisa 6 do Náutico cruzou e Bruno Mineiro, de joelho, marcou seu sétimo gol na competição, em sete jogos disputados.
Michel criava bem pelo lado esquerdo e quase fez o segundo aos seis minutos, quando entrou livre e literalmente pisou na bola ao tentar driblar Magrão. O que era para ser mais um duro golpe para o Sport logo no início acabou servindo de motivação para os visitantes. Hamilton, o mesmo que permitira o avanço de Michel no primeiro gol, fez lançamento perfeito para Vandinho. O atacante correu mais do que o zagueiro Vágner e tirou Gledson da jogada com um toque sutil: 1 a 1, aos sete minutos.
Cinco minutos depois, Dutra quase fez um gol olímpico. Gledson espalmou para escanteio. O Sport crescia, mas foi o Náutico quem fez o segundo. Carlinhos Bala recebeu enfiada de Aílton, tocou para a direita e arriscou de fora da área. A bola bateu no braço esquerdo de Durval, que se jogou de carrinho, e encobriu Magrão: 2 a 1, aos 33.
SPORT REAGE, MAS MAGRÃO FALHA
Péricles Chamusca, que antes do intervalo já havia colocado Arce no lugar de Vandinho, machucado, voltou para o segundo tempo com Adriano Pimenta no lugar de Luciano Henrique.
O Sport melhorou no segundo tempo. Aos 11, Wilson entrou livre e chutou em cima de Gledson. Aos 12, Pimenta jogou na área, Arce desviou de cabeça e Gledson pegou com tranquilidade. A pressão aumentava. Até que, aos 15, Arce tocou no meio da zaga com precisão. Wilson entrou em velocidade chutou de primeira: 2 a 2.
A torcida do Sport, porém, não teve muito tempo para comemorar. Aos 18, Irênio arriscou de longe. A bola quicou e Magrão falhou: 3 a 2. Alívio para Geninho, àquela altura completamente descabelado à beira do gramado.
O gol deixou o Sport completamente desnorteado. O time se lançava ao ataque de qualquer jeito e só não levava contra-ataques perigosos porque o Náutico jogava com todos os 11 atrás da linha do meio de campo.
Aos 38, Andrade cobrou falta com força e acertou o travessão. Aos 44, o volante teve mais uma chance, mas não foi feliz. Jogou longe a última chance do Sport no clássico e provavelmente a última da equipe no campeonato. A festa foi da torcida do Náutico nos Aflitos.
Fonte:pe360graus
Nenhum comentário:
Postar um comentário