Secretário-geral afirma que Fifa precisou dividir país em quatro regiões para facilitar deslocamento da torcida e das delegações
Da Redação do GloboEsporte.com
O papo era informal. Mas o secretário-geral da Fifa, Jeróme Valcke, fez questão de responder as perguntas sobre a Copa do Mundo de 2014. Em uma delas, o dirigente falou da dificuldade da entidade em montar o calendário de jogos do torneio, que acontecerá de 12 de junho a 13 julho, no Brasil. A maior dificuldade encontrada é a dimensão continental do país-sede e os deslocamentos internos.
Segundo Valcke, o calendário do mundial só foi definido após a oitava versão. Tudo foi levado em conta, não apenas para as delegações, mas segundo o secretário-geral, também para os torcedores que pretendem acompanhar as seleções.
- A primeira coisa que precisa ser levada em contar é o interesse de todas as partes envolvidas: torcedores, delegações, televisão. O Brasil é um país imenso e tudo precisa ser levado em conta. Na África do Sul era mais fácil se deslocar de Cape Town para Joanesburgo. Aqui é mais complicado sair de Porto Alegre para Fortaleza, por exemplo. Em Porto Alegre está três graus. Em Fortaleza, mais ou menos uns 25 graus. Existem muitas diferenças. Na primeira versão levamos em contar os aspectos do país, os aspectos relacionados com a TV, com o tempo, em função do fuso horário. Tivemos várias versões e a oitava deve ser a definitiva.
É justamente por conta da dimensão do Brasil que a maior preocupação da Fifa são os aeroportos do país. Para Valcke, os deslocamentos precisam ser feitos sem preocupação não só apenas pelos funcionários da entidade ou pelas delegações, mas pelos próprios torcedores.
- Temos muitas preocupações na organização da Copa. Os estádios, nós sabemos que ficarão prontos e nem precisamos falar. Precisamos de oito cidades para organizar a Copa e aqui temos 12. Mas quando se fala na Copa, o assunto que interessa é o deslocamento das pessoas. Essa é uma preocupação. É preciso ter facilidade para sair do ponto A para o B. E não estou falando apenas do pessoal VIP ou da Fifa. Temos batedores e é fácil chegar ao estádio. Não queremos uma tribuna cheia e um estádio vazio. O Brasil é um país imenso e queremos ter a certeza de que os torcedores tenham um bom transporte público para chegar aos estádios.
No Rio de Janeiro para o sorteio das eliminatórias da Copa do Mundo, Valcke comentou, por exemplo, o trânsito do Rio de Janeiro.
- Quando nós olhamos o trânsito no Rio, as pessoas não conseguem se mexer. O trânsito está congestionado. Na África do Sul, por exemplo, o maior legado que deixamos foi o trem que liga o aeroporto ao centro de Joanesburgo. Isso mudou a vida da população local – explicou o dirigente.
Valcke falou ainda do que espera da estrutura dos hotéis no país. Para ele, o Brasil não pode pensar apenas nas acomodações de alto nível.
- É preciso ter hotéis suficientes, não apenas de cinco estrelas, mas de duas, três. Hotéis que as pessoas possam pagar. No Brasil, vocês têm uma moeda forte. O resto do mundo está em crise. Todo mundo quer vir ao Rio, vir ao Brasil. É um dos destinos turísticos mais bonitos do mundo.
No próximo sábado, às 15h (de Brasília), acontecerá o sorteio das eliminatórias da Copa do Mundo de 2014. O evento acontecerá na Marina da Glória, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
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