O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país usada como base para as metas do governo, ficou em 0,47% em maio, contra 0,77% no mês anterior, e acumula alta de 6,55% em 12 meses, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6). O resultado ultrapassa o teto da meta estabelecida pelo Banco Central para este ano, de 6,5%. O centro da meta é de 4,5%, com dois pontos de tolerância para mais ou para menos. No mês anterior, em 12 meses, a taxa ficara em 6,51%.
"É importante interpretar que, apesar da desaceleração da taxa de abril para maio, na ótica dos 12 meses a inflação cresceu, porque a inflação de maio deste ano foi maior do que a registrada no mesmo mês de 2010", disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora da Coordenação de Índices de Preços do instituto.
O grupo de despesas que mais influenciou o comportamento do IPCA no mês foi o de transportes, que passou de uma alta de 1,57% em abril para uma queda de 0,24% em maio, influenciado pela variação dos preços de combustíveis (de 6,53% em abril para -0,35% em maio). O litro do etanol, por exemplo, que havia subido 11,2% em abril, caiu 11,34% em maio, representanto o principal impacto negativo. O preço da gasolina não chegou a cair, mas subiu menos: de 6,26% em abril para 0,85% em maio.
"O preço do etanol despencou, levando a gasolina junto. Isso se explica pela safra da cana-de-açúcar, que tem clima favorável e está tendo uma boa colheita. Transportes vêm aumentando desde setembro de 2010. Em agosto, ocorreu uma queda de 0,09%. Os combustíveis vêm apresentando aumento desde outubro de 2010. A última queda foi em setembro do ano passado, de 0,05%”, disse Eulina.
Também contribuíram para o resultado de maio do grupo transportes os preços de passagens aéreas, cuja taxa de variação passou de -9,42% em abril para -11,57% em maio, de automóveis novos (de -0,28% em abril para -0,58% em maio) e de automóveis usados (de -0,53% em abril para -1,26% em maio).
Seguindo mesmo comportamento, também apresentaram desaceleração da alta de preços os grupos vestuário (de 1,42% para 1, 19% em maio) e saúde e cuidados pessoais (de 0,98% para 0,73%).
Fonte: G1.
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