Aos 37 anos, sete deles dedicado ao clube, lateral critica dispensa e afirma que ainda não pensa em parar de jogar
Da Redação do pe360graus.com
O lateral-esquerdo Dutra era visto no Sport como um operário padrão, o atleta que treina direito, se dedica. E pela identidade com o clube, onde passou sete anos, sempre foi muito querido pela torcida rubro-negra. Sete dos 37 anos de vida dedicados ao Leão. Mas, na semana passada, ele acabou dispensando e magoado.
A identificação com o clube é tanta, que o escudo do Sport ainda faz parte da decoração da casa onde mora. Entretanto, numa entrevista exclusiva à repórter Sabrina Rocha, o jogador não escondeu a decepção com a decisão da diretoria do Sport.
“Fico triste porque estou saindo pela porta dos fundos do clube, sendo dispensado. Eu tenho 18 anos de profissional e todos eles eu cumpri meus contratos, terminando ou sendo emprestado e nunca tinha sido dispensado até então... Fiquei triste. Meu lado pessoal está pessoal está triste. Meu lado profissional está triste pela maneira que foi feita”, desabafou.
Apesar da tristeza no presente. O passado de Dutra no Sport foi marcado por muitas alegrias. Ele vestiu a camisa do clube em 2000, voltou em 2001 e novamente em 2007. Conquistou três títulos estaduais. Foi campeão da Copa do Brasil.
Mas na semana passada o Sport acho que a história do jogador na Ilha havia acabado. Contrato encerrado e a proposta para um jogo de despedida. Tudo foi uma surpresa e nada boa na opinião do atleta.
“Ser comunicado que você não vai fazer parte de um grupo e ao mesmo tempo te pedir para encerrar ou o clube quis um acordo e ao mesmo tempo uma despedida. O encerramento da carreira sem me perguntar se eu queria isso. Não tenho no meu pensamento para de jogar. Não quero parar sendo dispensado pelo clube. Eu me sinto em condições de jogar”, criticou.
Dutra recorda que até pensou em parar há dois anos. “Eu profissionalmente teria parado naquele pênalti contra o Palmeiras (pela Libertadores). Foi o dia mais difícil no Sport. Me machucou muito. Queria muito ter passado aquela fase. Eu tenho certeza que teria mudado muita coisa. Aquele ano seria diferente. Foi o único momento que eu pensei: eu vou parar.”
Mas Dutra não está parado. Ele já está jogando em outro time ao lado de feras como o André, o Abraão e o Arthur de dois anos. É o timaço da família Dutra. Fazia tempo que eles não curtiam o pai assim.
Abraão e André ainda estão se acostumando a ideia de ver o pai fora do Sport. “Eu fiquei um pouco chateado porque meu pai jogou muito bem no Sport. Ele fez gols...fez em 2008, em 2009 aí deixou muitas alegrias para o torcedor, mas chegou um momento difícil pra carreira dele”, explica o filho André.
“Esse time que estou cuidando, sendo treinador. Aqui encontro forças nos momentos difíceis da minha vida. É meu time preferido”, fala Dutra, em relação à família.
E quem manda nessa equipe é ela: Olga. São 21 anos juntos. Ela é uma das poucas pessoas que não vê a hora do marido encerrar a carreira, mas acha que ainda pode esperar um pouco. “Eu quero ver ele feliz. Se ele estiver feliz,, eu também estou...todos nós.”
Por enquanto, Dutra é um reforço na marcação em cima de Arthur. Esse tem a disposição do pai. Não para.
Em casa , Dutra encontra a alegria pra superar o momento difícil. Magoado, sim. Mas do Sport ele vai levar muitas outras boas lembranças. “Essa pequena mancha que está acontecendo agora não vai apagar o brilhantismo, a coisa tão boa que eu fiz nesses anos aqui.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário