sábado, 28 de maio de 2011

Zelaya chega a Honduras depois de quase 2 anos de golpe que o depôs.

O ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya, derrubado do poder em 28 de junho de 2009, retornou neste sábado a seu país após um ano e quatro meses de exílio na República Dominicana. Na chegada, Zelaya disse aos seus apoiadores que voltou "cheio de otimismo".
Depois do período exilado, Zelaya embarcou na última sexta-feira (27) para a Nicarágua, para aguardar pela viagem de retorno a Honduras.
O avião vindo da Nicarágua pousou às 14h22 locais (17h22 em Brasília) no aeroporto internacional Toncontín, em Tegucigalpa, onde milhares de apoiadores do ex-presidente aguardavam para festejar seu retorno.
Zelaya partiu neste sábado do Aeroporto Internacional de Manágua, de onde se despediu com honras de Estado pelo governante nicaraguense, Daniel Ortega.
Zelaya disse que o retorno a seu país significa "uma mensagem de esperança e otimismo para as democracias da América Latina", em declarações exclusivas à emissora de TV venezuelana Telesur, as primeiras feitas depois de voltar do exílio.
"Hoje, depois de quase dois anos, depois de uma luta de toda América Latina, conseguimos voltar à nossa terra e a abraçar nosso povo", completou o ex-presidente, que usava seu tradicional chapéu branco.
"Tentaram manchar sua imagem, mas foi demonstrado que era tudo falácia", disse a filha dele, Hortensia, sobre as acusações contra o pai, ao sair do avião.
Acordo
O presidente direitista hondurenho Porfírio Logo, com quem Zelaya assinou um acordo de reconciliação na Colômbia no domingo passado (22), o receberá neste sábado na Casa de Governo, junto ao secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, e à chanceler colombiana, María ngela Holguín. Antes disso, Zelaya é esperado para um discurso em praça pública.
O ex-presidente chegou com um grande capital político, com o qual pretende recuperar o poder, em um país pobre que se prepara para retornar à Organização de Estados Americanos (OEA) na próxima quarta-feira (1º), passo-chave para que possa receber novamente empréstimos e ajuda externa.


Fonte: G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário