sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Clássico com metas distintas e estratégias iguais

Em clima de suspense, Sport briga por vaga no G-4, enquanto o Náutico tenta escapar da ameaça de rebaixamento
Da Redação do pe360graus.com


Sport e Náutico entram em campo às 16h deste sábado (23), na Ilha do Retiro, com objetivos distintos, mas com estratégias semelhantes. O Leão briga por uma vaga no grupo de classificação para a Série A, enquanto o Timbu quer afastar a ameaçada de queda para a Série C. A única situação em comum das duas equipes é o mistério. Nenhum dos treinadores adiantou a escalação para o clássico.

SPORT
Na Ilha do Retiro, a dúvida começa no sistema defensivo. Mesmo com o retorno do zagueiro Tobi aos treinos, Geninho não garante a presença dele entre os titulares. “Eu fico sempre com um pé atrás quando um jogador tem um desconforto muscular”, despista o técnico.

A dúvida segue ainda na definição do esquema tático utilizado. Há possibilidades do Leão atuar com três zagueiros, com Igor ganhando uma vaga na zaga. Ou no tradicional 4-4-2, com dois zagueiros e dois meias de ligação.

Para Geninho, que tradicionalmente não é adepto ao mistério, a partida deste sábado é muda mesmo hábitos. “É um jogo diferente. Ele mexe com a rivalidade local, ele envolve coisas que normalmente não envolve.”

No grupo rubro-negro, ninguém mais viveu esse tipo de situação do que o goleiro Magrão. Ele já vestiu a camisa leonina 287 vezes. A partida de número 288 será mais um clássico contra o Náutico. São tantos confrontos que o goleiro já perdeu as contas. “Acredito que seja mais do que dez, né? Mas eu não tenho agora, assim de cabeça, quantos foram não. Foram muitos.”

No último, no primeiro turno do Brasileiro, as defesas de Magrão garantiram o empate por 1 a 1 nos Aflitos, quando o Sport vinha num mau momento no campeonato. “Clássico muitas vezes é decidido em pequenos lances e a gente tem que está. Às vezes é exigido poucas vezes, mas as poucas vezes que vem a gente tem que tá ligado.”

NÁUTICO
Nos Aflitos,o clima de mistério foi mais intenso. O técnico Roberto Fernandes permitiu que os jornalistas registrassem apenas 10 minutos de imagens e algumas entrevistas. Nada mais do que isso. Para o treinador, esconder o jogo é uma das armas para o clássico. “Você já imaginou se eu vou municiar o adversário com a principal arma? Isso aí tem que esperar. Segredo, faz parte”, afirma.

Não é segredo que Bruno Meneghel vai para o jogo. O mistério é se como titular ou apenas por um tempo. “Clássico é sempre bom jogar. Todos querem jogar esse tipo de jogos. Comigo não é diferente. Estou preparado e se puder entrar de frente ou no segundo tempo espero fazer meu melhor”, destaca o atacante, que voltou ao time na partida contra o Paraná.

Ele garante ainda que os quatro meses parados, por conta de uma lesão, já fazem parte do passado. “Eu estou inteiro, bem fisicamente. Claro que ritmo de jogo vamos adquirindo aos poucos, mas estou preparado e se o professor optar por começar comigo jogando estou preparado para o clássico”.

Este será o último clássico da década. E diante do rival centenário, o Náutico espera iniciar a recuperação para afastar o risco de queda. “Sabemos que a situação deles é melhor do que a nossa no campeonato, mas sabemos que uma vitória mudaria totalmente a situação que estamos vivendo hoje”, diz o goleiro Glédson.

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