terça-feira, 6 de abril de 2010

Confiança do consumidor volta ao nível antes da crise.

A confiança do consumidor brasileiro voltou a crescer e já está melhor do que nos períodos anteriores à crise financeira. Isso significa que a população está otimista e planeja retomar as compras, segundo o estudo Observador Brasil 2009, encomendado pela Cetelem – financeira do banco francês BNP Paribas – e feito em parceria com a consultoria Ipsos.

A pesquisa divulgada nesta terça-feira (6) mostra que o brasileiro está mais “otimista e entusiasmado” com o futuro do que um ano atrás. O estudo perguntava aos consumidores qual a palavra que melhor definia o futuro da economia do país.

Quatro em cada dez responderam “otimismo”, enquanto o “entusiasmo” foi lembrado por pouco mais de um em dez entrevistados. A “preocupação” ainda era o maior cenário para 35% dos entrevistados e “revolta” só foi lembrada por 8%.

A avaliação levou em conta a opinião de 1.500 pessoas de 70 cidades em nove regiões metropolitanas do país. O levantamento foi feito entre 18 e 29 de dezembro de 2009.

- Quando há mais otimismo em relação ao futuro, as pessoas ficam mais à vontade para comprar. Elas acreditam que seu emprego não corre risco e que a sua renda tende a aumentar constantemente.

Pesquisa da Ipsos mostra que, em janeiro deste ano, o INC (Índice Nacional de Confiança) estava em 195 pontos. Um ano antes, o indicador estava em 142 pontos. Um dos menores níveis foi registrado em abril (119 pontos).

Mais desejados

As maiores pretensões de compra de todas as classes sociais são os móveis e eletrodomésticos. Para as classes A/B, só lazer e viagens merecem mais atenção, enquanto o carro só aparece em quarto lugar da lista. Nas classes C e D/E, após os objetos para casa surgem as viagens e o telefone celular.

Para Marc Campi, presidente da Cetelem Brasil, a pesquisa mostra uma forte tendência da retomada da economia.

Grande parte dessa retomada tem a ver com desonerações fiscais promovidas pelo governo para enfrentar a crise financeira, entre elas o fim do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos, eletrodomésticos da linha branca (geladeira, máquina de lavar e fogão) e móveis.

Na opinião de Marcos Etchegoyen, diretor-geral da Cetelem, ainda não é possível avaliar os efeitos do fim das desonerações.

- É muito difícil dizer se o consumo vai cair [depois que os preços dos produtos perderem os descontos]. Isso porque o comércio como um todo se adapta.



Fonte: R7.com

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