O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou os cinco acusados pelo assassinato da alemã Jennifer Kloker, morta em fevereiro deste ano, por formação de quadrilha e homicídio duplamente qualificado. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (7), em entrevista coletiva na sede do órgão, na Rua do Imperador, Centro do Recife.
O MPPE entendeu que houve a prática de crime planejado como uma quadrilha, e isso pode dobrar a pena de cada um. "Quadrilha não é apenas um grupo de pessoas fortemente armadas. São pessoas que se reúnem com a intenção de cometer crimes de naturezas diversas", esclarece a promotora Ana Cláudia Walmsley.
Um dia depois de a Polícia Civil indiciar os acusados por homicídio triplamente qualificado, o MPPE afirmou que trata-se de um homicídio duplamente qualificado. No entendimento dos promotores, os dois agravantes - motivo fútil e motivo torpe - se chocam e, neste caso, deve prevalecer o último. Os promotores chegaram a uma conclusão de que os Tonelli mataram Jennifer por conta do dinheiro.
Delma Freire também foi denunciada sozinha por fraude processual, por conta do episódio em que contratou um ex-presidiário para assumir a culpa pelo assassinato. Delma, Pablo e Ferdinando Tonelli ainda terão a pena agravada, já que tinham relações familiares com a vítima.
Também esteve presente na coletiva o promotore André Rabelo. Segundo ele, "o andamento do processo está agora sob a titularidade do MPPE. A polícia fez o seu trabalho, e nós agradecemos a colaboração, mas de agora em diante, o trabalho está conosco".
Dinarte Freire, irmão de Delma, deve continuar solto até o posicionamento do juiz. Ele deverá ser beneficiado com a "delação premiada" por ter colaborado com as investigações. Com isso, poderá ter sua pena reduzida em até 2 terços. "A prisão na fase instrutória é uma exceção, é uma prisão cautelar preventiva. Os outros [Pablo, Ferdinando, Alexsandro e Delma] foram presos porque demonstraram periculosidade, no caso do pistoleiro, e possibilidade de fuga, no caso de Delma e dos Tonelli, já que teriam passaportes falsos e poderiam, assim, em liberdade, a qualquer momento saírem do Brasil", esclareceu a promotora.
Fonte: JC Online.
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