sábado, 27 de fevereiro de 2010

Arco e flecha não é um espote muito comum, mas tem seguidores no Recife

Você já deve ter brincando de arco e flecha pelo menos uma vez na vida, não? As ferramentas de trabalho do Robin Hood também são um esporte, não muito comum é bem verdade, mas que tem seguidores aqui no Recife.

Quando se pergunta a um atleta do arco e flecha o que o levou a praticar o esporte, a resposta é quase sempre a mesma. “Quando eu era pequeno, eu assistia muito filme e via também literatura estrangeira”, disse o estudante de engenharia Tiago Henrique Gadelha.

Hollywood se encarregou de dar um toque de glamour ao arco e flecha. Uma arma de guerra milenar. Os primeiros registros datam de 3.500 a.c, no Egito. O equipamento estreou nas olimpíadas em 1900, em Paris. Em 92, em Barcelona, com um arco e uma flecha flamejante, foi acesa a pira olímpica.

O arco da competição olímpica é o tradicional, chamado recurvo. Porém, a tecnologia avançou e hoje, este outro tipo de arco, o composto, traz algumas facilidades para os atletas. “Ele tem o que nós chamamos de scoper, que é uma mira que tem uma lente que varia de 0,5 até 1 grau, que ajuda a precisão”, explicou o militar Emílio Sukar.

“Tem também o rast, que é o material que serve para apoiar a flecha que é um material diferente. Neste equipamento, nós atiramos com um gatilho e não com os dedos. Ele tem um sistema de roldanas e as lâminas são diferentes. Isso faz com que o peso do arco no final do disparo seja mais leve do que o convencional”, falou.

As competições também podem ser disputadas ao ar livre, ou indoor, numa área fechada como esta. Enquanto nas competições ao ar livre as distâncias variam entre 30 e 90 metros, no arco e flecha indoor ela é reduzida para apenas 18 metros. Em compensação, o tamanho do alvo também é bem menor.

O centro ou a mosca tem só dois centímetros de diâmetro. Os atletas pernambucanos treinam para chegar o mais próximo dela. No Campeonato Brasileiro Indoor, a competição acontece simultaneamente nas 12 federações espalhadas pelo País. “Depois, cada federação estadual envia os resultados para a Confederação Brasileira de Tiro com Arco, que tem sede é em Brasília e de lá vai fazer o ranking nacional”, informou o diretor técnico da Federação, Eulálio Cavalcante.

Eles vão competir contra adversários que não estão vendo, mas o grande barato é desafiar as próprias marcas porque não há nada mais prazeroso neste esporte do que acertar a mosca. “O que o arqueiro quer é acertar sempre na mosca”, brincou o relações públicas Sérgio Leite.

Quem quiser tentar, mesmo sem praticar o esporte, vai ter uma oportunidade durante a competição disputada neste fim de semana, no Geraldão. “Vão ter monitores com arcos para quem quiser atirar de arco e flecha. Qualquer um pode tentar e se quiser se candidatar paras olimpíadas de 2016 as portas estão abertas”, disse o diretor técnico.

Para quem quiser conhecer o tiro com arco é só ir ao Geraldão, neste domingo, a partir 8h. Serão distribuídas duzentas senhas de acesso para ver competições do esporte. É de graça.

Fonte:pe360graus

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