Rio - As famílias dos três rapazes mortos durante os conflitos no Morro dos Macacos, no dia 17 de outubro, foram recebidas, nesta terça-feira, pela presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, Margarida Pressburger. Marcelo da Costa Ferreira Gomes, Leonardo Fernandes Paulino e Francisco Aílton Vieira foram assassinados a tiros quando chegavam de carro, num dos acessos principais ao morro, após uma festa.
Um dos tios de Marcelo, José Marconi de Andrade, quer que as circunstâncias das mortes, atribuídas pela polícia aos traficantes em guerra, sejam esclarecidas e pretende pedir assistência jurídica à OAB/RJ. A OAB afirmou que vai disponiblizar um advogado para as famílias que quierem processar o estado pelas mortes do rapazes. Segundo o órgão, não importa se os tiros foram disparados por traficantes e sim que o estado tem que dar segurança aos seus cidadãos.
Inicialmente apontados pela polícia como bandidos, os três rapazes foram inocentados. O comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, pediu desculpas públicas às famílias.
Na madrugada do dia 17 de outubro, traficantes do Morro de São João, no Engenho Novo, invadiram o Morro dos Macacos e tentaram assumir os pontos de venda de drogas. A polícia ocupou as principais entradas da favela e entrou em confronto com os bandidos. Os moradores da comunidade e os dos bairros vizinhos na Zona Norte viveram um fim de semana de terror, com tiroteios, ônibus incendiados e balas perdidas. Ao fim de sete dias de operações policiais em vários pontos do Rio, o saldo de mortos chegou a 42 pessoas. Alguns suspeitos foram presos.
Fonte: O Dia.
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