sábado, 5 de setembro de 2009

Sport vence o Botafogo no sufoco na Ilha do Retiro Leão começou apresentando bom futebol, mas elenco cansou na etapa complementar

Foi um sufoco no segundo tempo, mas o Sport venceu, na noite deste sábado (05), o Botafogo, na Ilha do Retiro, por 2x1, em jogo válido pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi a segunda vitória conquistada pela equipe sob o comando do técnico Péricles Chamusca.

Os gols do Leão foram marcados no comecinho da partida, aos 4 e aos 7 minutos do primeiro tempo, por Fabiano (foto) e Wilson, respectivamente. Juninho, aos 9 da etapa complementar, fez para o time carioca.

Com esse resultado, o Sport agora soma 20 pontos, mas continua na zona de rebaixamento, ainda atrás do Botafogo, que tem 23 pontos. Junto com Náutico (24 pontos) e Fluminense (16) – que se enfrentam neste domingo – as quatro equipes formam a zona de degola.

No sábado (12), o próximo compromisso do Sport é contra o Flamengo, no Rio de Janeiro, enquanto o Botafogo enfrenta o Fluminense no domingo (13).

O JOGO
Logo no primeiro minuto, Dutra avançou em velocidade pela esquerda e cruzou para Luciano Henrique dominar mal e perder boa chance, livre na marca do pênalti. Mal dentro da área, o meia recuou e passou a fazer o que se espera dele: servir os companheiros.

Aos quatro, Alessandro vacilou na saída de bola, Luciano Henrique aproveitou o espaço nas costas do lateral e cruzou com perfeição para Fabiano, sem nenhuma marcação, escorar de cabeça no segundo pau e abrir o placar. O Botafogo não teve nem tempo para se recuperar do gol e já levou o segundo, três minutos depois.

Fazendo valer a péssima atuação do setor defensivo alvinegro, Luciano Henrique mais uma vez atacou de garçom e, com um lindo passe nas costas da zaga, encontrou Wilson com liberdade para concluir e contar com a colaboração de Flávio, que deixou a bola passar sob seu corpo, aos sete.

Mais vibrante e eficiente, o Sport ganhava quase todas as disputas de bola no meio-campo e empolgava o torcedor, que compareceu em bom número e cantava “o Leão voltou”. À frente no placar, o time pernambucano se posicionou defensivamente e complicou ainda mais as ações de um pouco inspirado Botafogo.

Pautada na marcação, a partida passou a ter os lances de emoção restritos às bolas paradas. Aos 15, Dutra cobrou falta de muito longe e quase surpreendeu Flávio. A primeira boa chance dos cariocas aconteceu aos 21, quando Tiaguinho apareceu bem pela direita e rolou para Leandro Guerreiro chutar em cima de Magrão.

Cinco minutos depois, Tiaguinho mais uma vez levou perigo pela direita. Ele cruzou na medida, e Victor Simões cabeceou nas mãos do goleiro do Sport. Também na base da bola aérea, o Leão por pouco não ampliou aos 28. Dutra cobrou falta com veneno, mas Durval testou fraquinho.

Aos 33, milagre na Ilha do Retiro. Após cobrança de escanteio, André Lima fugiu da marcação e desviou no cantinho, de cabeça. Magrão voou e impediu o gol em cima da linha. Foi o início de uma pressão alvinegra, que não resultou em nada além de escanteios em seqüência. "Dois gols no começo desmontam qualquer esquema", lamentou Estevam Soares na descida para o intervalo.

Mais bem postado e disposto, o Botafogo voltou melhor para o segundo tempo. Aos quatro minutos, Jonatas acordou a equipe com um chute de fora da área e obrigou Magrão a fazer boa defesa. No lance seguinte, no entanto, o goleiro do Sport entregou.

Aos oito, Igor tropeçou e segurou Lucio Flavio, impedindo contra-ataque. Na cobrança da falta, Juninho soltou um petardo, Magrão foi mal no lance e viu a bola passar sob sua perna direita. A reação fez o Alvinegro impor uma verdadeira blitz no campo de ataque. Entretanto, a equipe roubava a bola, tocava de um lado para o outro e não criava nada.

Conclusão, só em chutes de fora da área, como o de Tiaguinho, aos 14, sem direção. Em vão, o Sport tentava segurar a bola no ataque e via o adversário tomar conta do meio-campo. Aos 22, Victor Simões cabeceou após bola alçada por Leandro Guerreiro, e Magrão fez a defesa.

Cansado, o Leão admitiu o mau momento e passou a se preocupar apenas em marcar. Quase todos atrás da linha da bola, os donos da casa deram as mãos ao torcedor, sempre barulhento, e se preocupavam apenas em chutar para longe qualquer lance de perigo.

A tática por pouco não foi por água abaixo aos 40. Lucio Flavio recebeu com espaço na pequena área, demorou para concluir, driblou Juliano, mas caiu e Zé Antônio afastou o perigo. Foi o lance final da partida, que começou com apitaço e terminou aos gritos de "o Leão voltou".

Fonte:pe360graus

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