O ex-ministro de Exteriores congolês Rodolphe Adada abandonará, na próxima segunda-feira, a chefia civil da missão de paz conjunta da ONU (Organização das Nações Unidas) e da União Africana em Darfur (Unamid, na sigla em inglês). A informação foi confirmada nesta quarta-feira pelo organismo, que não deu justificativa para a saída de Adada.
A porta-voz da ONU, Michèle Montas, afirmou, em entrevista coletiva, que o secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon, agradece "a dedicação" de Adada ao longo de seus dois anos no cargo.
"A missão aproveitará as conquistas [de Adada] para progredir em seus esforços para alcançar uma paz sustentável" na região sudanesa, acrescentou a porta-voz.
Adada será substituído de forma interina por seu assistente, o ganês Henry Anyidoho, até a nomeação de um substituto permanente.
O líder da missão esteve à frente da UNAMID desde que o Conselho de Segurança da ONU autorizou sua atuação, em julho de 2007, após longas e difíceis negociações com o governo do Sudão e a União Africana.
A saída do ex-ministro coincide com a chegada à Unamid de seu novo responsável militar, o general ruandês Patrick Nyamvumba, que sustitui o general nigeriano Martin Agwai.
A missão, que conta com 9.000 soldados, enfrenta dificuldades em proteger a população civil na região devastada por conflitos. Em abril passado, Adada afirmou em uma sessão do Conselho de Segurança da ONU que o número de mortos chegava a 2.000 desde a chegada da Unamid, em janeiro de 2008.
O conflito em Darfur começou em fevereiro de 2003, quando grupos insurgentes declararam guerra armada ao regime de Cartum como protesto contra a pobreza e a marginalização dos habitantes da região. Desde então, cerca de 300 mil pessoas morreram e outras 2,5 milhões tiveram que abandonar suas casas, segundo cálculos da ONU.
Fonte: EFE.
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