quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Graças a Deus", diz Sarney sobre início do recesso parlamentar.

Alvo de inúmeras denúncias e pedidos de afastamento do cargo nas últimas semanas, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta quinta-feira que se sente aliviado com o fim do semestre. Sarney recebeu hoje um relatório preparado pela Secretaria Geral com o balanço das votações e ações desenvolvidas.

Sarney não confirmou aos assessores se vai apresentar o material à imprensa. Questionado se estava aliviado com o início do recesso parlamentar, o presidente do Senado respondeu: "graças a Deus".

Deputados e senadores aprovaram na noite de ontem a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e ficaram liberados para o recesso, que termina no dia 3 de agosto.

O presidente do Senado tem sido aconselhado por aliados próximos a evitar a imprensa para se preservar. A avaliação é que quanto mais se explicar, mais aumenta o fôlego das acusações. Em meio à crise política que atinge o Senado, o presidente da Casa foi alvo de 15 denúncias de irregularidades.

São acusações que passam por recebimento irregular de benefícios, nomeação secretas de parentes, interferência em órgãos públicos em favor da fundação que leva seu nome e até ocultação de bens à Justiça Eleitoral, além da suspeita de uma conta no exterior não declarada.

Sem aceitar as explicações de Sarney, a oposição levou o peemedebista ao Conselho de Ética da Casa. São quatro denúncias do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e uma representação do PSOL por quebra de decoro parlamentar.

Uma das denúncias apresentadas por Arthur Virgílio questiona a responsabilidade de José Sarney na edição dos 663 atos secretos editados nos últimos 14 anos pela administração do Senado. O PSOL também protocolou representação sobre este assunto.

Balanço

O relatório elaborado pela Secretaria Geral sustenta que não há matérias pendente na pauta do Senado.

Os senadores votaram ontem e hoje 37 matérias. Entre as matérias aprovadas ontem, em plenário, destacam-se, ainda, o projeto que institui a Lei na Nacional de Adoção --que, agora, segue para sanção presidencial--, o projeto de lei que reserva, no Estatuto da Criança e do Adolescente, 10% das vagas existentes em todas as creches, pré-escolas e equivalentes a crianças portadoras de deficiência; e as novas regras para a concessão da tarifa social de energia elétrica.


Fonte: Folha Online.

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