segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pai de Eduardo Ramos é indiciado por forjar suborno

Investigação da polícia conclui que Carlos Antônio Martins teria forjado o suborno para valorizar o jogador
Da Redação do pe360graus.com

O empresário e pai do jogador Eduardo Ramos, Carlos Antônio Martins , terá que pagar caro pela denúncia de um suposto suborno envolvendo dirigentes do Sport. O delegado Joel Venancio concluiu o inquérito, nesta segunda-feira (20), e decidiu indiciá-lo por denunciação caluniosa e má fé do denunciante, que é quando se acusa alguém que se sabe que é inocente. A pena para esse tipo de crime é de dois a oito anos de prisão.

O delegado chegou a conclusão após ouvir 19 pessoas e assistir a dois vídeos gravados pelo sistema de segurança do restaurante em Boa Viagem, local onde Carlos Antônio Martins alegou ter ocorrido o suborno.

Para Joel Venancio, o pai de Eduardo Ramos teria montado uma estratégia para valorizar o filho ao afirmar que uma pessoa ligada ao Sport teria oferecido R$ 300 mil para Eduardo Ramos não disputar ou fazer corpo mole nas partidas válidas pelas semifinais do Pernambucano.

“Tratava-se de uma estratégia para valorizar o filho. Ele queria vender 30% dos direitos federativos - o chamado passe do jogador - e barganhar um salário melhor. Ele disse ao Náutico que seu principal adversário estava interessado em adquirir os direitos federativos ou subornar o jogador. Ele ficou refém dessa história e quando é pego em flagrante com representantes do Sport e acaba imputando essa conduta que, com certeza, não existiu”, explicou o delegado.

Além dos indícios e das declarações das testemunhas, Joel Venâncio explicou ainda que Carlos Antônio Martins foi contraditório no seu depoimento. O delegado encaminhou o inquérito para o Ministério Público, que deve se pronunciar em 15 dias para decidir se aceita ou não a denúncia da polícia.

ENTENDA O CASO
A confusão começou ainda durante o Campeonato Pernambucano deste ano, quando o pai de Eduardo Ramos, Carlos Antônio Martins, disse que o genro do vice-presidente do Sport, Severino Otávio, teria oferecido R$ 300 mil para que o meia alvirrubro fizesse corpo- mole ou não jogasse a segunda partida das semifinais entre as duas equipes.

Na ocasião, o vice-diretor de futebol do Náutico, Toninho Monteiro, teria chegado ao local onde o grupo supostamente estaria reunido com uma câmera e teria feito imagens e gravações para registrar a tentativa de suborno.

No dia 16 abril, o presidente do Náutico, Berillo Júnior, revelou que não tinha provas gravadas, mas apenas testemunhas. Entretanto, ele divulgou imagens onda há uma conversa do diretor do Sport, Francisco Brennand Guerra, com o pai do jogador que comprovaria um assédio.

A Federação Pernambucana de Futebol pediu que o Ministério Público também investigasse a denúncia. A Polícia Civil designou um delegado especial, Joel Venâncio, para investigar o caso.

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