O aumento de pessoas queixando-se para clínicos gerais, otorrinos e neurologistas, de dor na região do ouvido não identificada, acompanhada às vezes de estalidos quando na movimentação de abertura e fechamento da boca, comprometendo o sistema estomatognático (cabeça e adjacências), dor difusa na cabeça, face, pescoço ou coluna cervical, muitas vezes nos levam ao diagnóstico de lesão da ATM (Articulação Temporo Mandibular).
“O desgaste dentário, perdas, próteses mal adaptadas, movimentos dentários, ou bruxismo, conduzem a esta enfermidade”, afirma o cirurgião dentista Cilon Vitorino da Rosa, que já participou de diversos cursos de atualização em dor orofacial e disfunção articular.
Grandes porcentagens de pessoas não apresentam sintomas clínicos, porém, em alguns pacientes as manifestações são intensas, com diminuição da capacidade de abertura bucal, diminuição da capacidade mastigatória, travamento da mordida, chegando às vezes a luxações da mandíbula quando no ato de bocejar. O grande problema é a dor, e a causa é multifatorial.
“Dependendo do grau de disfunção, pode haver uma cura total, ou pelo menos uma interrupção do processo degenerativo articular. Inicialmente o procedimento imediato é o diagnóstico correto, o alívio da dor, com a colocação de aparelhos funcionais, eletroterapia, fisioterapia, e após esta fase, desaparecendo os sintomas há a necessidade de reabilitação da oclusão, restabelecendo a harmonia dentária e conseqüentemente a regeneração articular”, explica o dentista.
Muitas pessoas travam a articulação por situações de stress, problemas emocionais ou sistêmicos como artrite e reumatismo, e devem ser tratados por médico especialista.
O tratamento desta enfermidade deve ser orientado por profissional capacitado devido a especificidade e complexidade do tema.
As tensões causadas pelo complexo degenerativo, dor, contratura muscular, formam uma verdadeira sopa inflamatória de difícil diagnóstico, muitas vezes especificamente formado pelo comprometimento da arcada dentária.
Urge então, a necessidade premente de alívio, para posterior estudo e resolução do problema.
O grau de satisfação do paciente é imenso, pois passa de um quadro doloroso para uma situação de conforto e segurança. “Uma questão importante a ser considerada é a possível presença de dentes do siso inclusos, ou semi impactados detectados por análise radiográfica, que muitas vezes nos levam a um quadro semelhante”, finaliza Cilon da Rosa. A visita semestral ao dentista favorece o diagnóstico precoce de possíveis danos a articulação temporo mandibular.
Da Redação, DIRETODOPONTO.COM
ATÉ SEGUNDA.
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