Morreu, aos 19 anos, o estudante Diego Calixto de Farias Carvalho, que respondia a processo por atropelar duas mulheres em julho passado, causando a morte de uma delas, na Avenida 17 de Agosto, em Casa Forte, Zona Norte do Recife. O rapaz sofreu parada cardíaca na noite de sexta-feira, em casa, e foi levado para o Hospital Memorial Casa Forte. Na manhã do sábado, foi a óbito. Segundo a família, ele tinha diabete e estava em depressão desde o acidente, o que piorou a doença preexistente. O sepultamento aconteceu às 16h, no cemitério Parque das Flores, Zona Oeste.
De acordo com o pai do jovem, o comerciante Noel Calixto, o filho andava nervoso por causa da proximidade da primeira audiência do caso na Justiça, marcada para 28 de fevereiro. Exatamente um mês antes, teve o infarto. “Ele estava triste. Ninguém morre de depressão, mas o quadro da doença que ele já tinha se agravou por isso”, lamentou o pai.
Na madrugada do dia 29 de julho do ano passado, Diego dava uma festa no prédio onde morava quando resolveu pegar escondido o carro da mãe para levar convidados em casa. Na volta, perdeu o controle da direção e atingiu as funcionárias do Laboratório Cerpe Silvânia Maria de Lima, 41, e Márcia Maria de Oliveira, 33, grávida de seis meses, que entravam no trabalho. Silvânia morreu na hora. Ele não tinha carteira de habilitação.
Minutos depois, dois PMs chegaram ao local e encontraram o universitário ainda sentado no banco do motorista, com sinais de embriaguez. O rapaz confessou que tinha bebido cinco latas de cerveja, embora o exame realizado cinco horas depois no Instituto de Medicina Legal (IML) não tenha detectado álcool no sangue. Mesmo assim, o delegado responsável, Gilmar Rodrigues, o indiciou por homicídio doloso (quando há intenção de matar).
Preso em flagrante, Diego chegou a ficar um mês e meio no Centro de Triagem de Abreu e Lima, mas obteve habeas corpus. Em seguida, comprometeu-se perante a Justiça a comparecer a todas as audiências a que fosse convocado, sob pena de voltar à cadeia. O primeiro depoimento em juízo seria o de 28 de fevereiro, para o qual a vítima Márcia Maria também tinha sido convocada.
ATROPELAMENTO - A técnica em laboratório lamentou a morte de Diego Calixto. “Fiquei chocada, ele era muito jovem. Não desejo a morte de ninguém. Infelizmente, chegou a hora dele. É o destino de cada um”, disse. Ela ainda está em licença-maternidade, já que a filha Giovana tem apenas três meses. Porém segue sentindo dores na bacia e na coxa esquerda, o que a obriga a fazer fisioterapia.
Em novembro, a Justiça determinou que Diego e a mãe, proprietária do carro, pagassem meio salário mínimo em alimentos para Márcia Maria. “Mas ainda não recebi um centavo”, conta.
Fonte: JC Online.
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