quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Escolinha de vôlei de praia em Olinda ganha apoio de dupla campeã

Jovens aproveitam as aulas, seja para se divertir ou para treinar; a dupla Camilinha e Rebeca, vencedora das duas primeiras etapas do Pernambucano de Vôlei, apoiam a iniciativa
Da Redação do pe360graus.com

Cerca de 70 crianças e adolescentes se reúnem nas areias de Olinda para participar de uma escolinha de vôlei. As aulas são gratuitas e ministradas por quatro instrutores. “A gente está trabalhando com a Prefeitura de Olinda para implantar essa escolinha e que ela exista anualmente”, conta o diretor de vôlei de praia da Federação Pernambucana de Vôlei, Lula Barbosa (foto 3).

O espaço aproveita a estrutura montada para as competições do fim de semana e funciona semanalmente, de manhã e à tarde. Entre os alunos, há pessoas que querem apenas se divertir. “Como eu já treino, aproveito as férias e fico aqui jogando com o povo”, diz a estudante Karine Barbosa, de 16 anos.

Mas há, também, aqueles que desejam se tornar jogadores profissionais. Alguns ainda dão a sorte de bater uma bolinha com atletas que disputam o Circuito, como a dupla Camilinha e Rebeca. Elas ganharam as duas primeiras etapas do Pernambucano.

“A dupla que está sempre nas finais com a gente é Amanda e Jéssica e as outras pessoas que disputam com a gente são meninas que jogam na quadra. Então eu acho difícil vir outra dupla que batam tanto elas como a gente. Eu acho que a final mais provável vai ser sempre eu contra elas”, conta Camilinha.

Camilinha também disputa torneios regionais. Mas, como dupla, as duas não têm condições de participar de competições maiores, primeiro por falta de patrocínio. “Não adianta a gente ir para uma competição e não ter apoio. No ano passado, teve nove etapas estaduais, mas só deu pra participar de três”, diz Rebeca.

No caso das duas, há, ainda, uma questão técnica. “Eu sou jogadora de defesa e ela também. O Pernambucano dá pra jogar ainda e a gente ainda dá trabalho. Mas a nível de Nordeste mesmo, eu acho difícil. Tanto eu como ela temos que arranjar uma pessoa mais alta para fazer bloqueio”, revela Camilinha.

Sabendo das dificuldades de um atleta profissional, elas incentivam as escolinhas. Para elas, é preciso que surjam novas atletas, e outras parcerias se formem. “E está surgindo, as meninas a cada torneio estão melhorando”, conta Rebeca.

Com apenas um 1,55m, Rebeca é uma prova de que para praticar o vôlei, o importante mesmo é ter força de vontade. “Qualquer pessoa pode jogar. É só ter interesse e gostar, principalmente isso. Muita gente começa, mas desiste. Mas quem gosta realmente vai até o fim e se dá bem”, diz.

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