sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Harry Potter retorna mais sombrio e adulto no penúltimo filme da série.


A idade está chegando para os bruxos amigos de Hogwarts. O penúltimo filme da série Harry Potter retorna ainda mais sombrio e com mais batalhas e mortes que qualquer outro da série. O que começou como um entretenimento infantil, termina com a iniciação da vida adulta de seus protagonistas. O sucesso dos livros e filmes da série foi saber acompanhar o crescimento de seus fãs, que agora, assim como o herói, estão no fim da adolescência.

Este Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1 é um presente para os fãs que acompanharam a saga até aqui. Não há interesse em tornar o enredo facilmente entendível para desavisados ou àqueles que nunca tiveram contato com a obra de J.K. Rownling, autora dos sete livros da série. Devido ao tamanho do último capítulo, o longa foi dividido em dois.
A primeira parte tem estreia mundial nesta sexta-feira (19) e o próximo, em 15 de julho de 2011. Existe uma intenção mercadológica da Warner Bros., em lucrar o quanto pode com a saga do bruxo mais famoso do planeta. Mas também cumpre uma proposta nobre de tornar a narrativa fiel ao livro. O filme é repleto de pequenos segredos, pistas, detalhes oriundos dos capítulos anteriores, e seria impossível adaptar tudo para poucas horas de projeção.

Este filme acerta ao falar diretamente com quem acompanhou a série nesses quase dez anos. Cada cena carrega referências a momentos anteriores da trama. A história fala do aumento de poder de Lorde Voldemort (Ralph Fiennes), que culmina com a queda do Ministério da Magia. Harry, Rony e Hermione partem em uma jornada por várias partes da Inglaterra para encontrar as horcruxes, artefatos que guardam pedaços da alma do vilão e que são a única maneira de detê-lo.
O diretor David Yates vem dando um tom sombrio desde Harry Potter e a Ordem da Fênix (2007). Foi ele o responsável por fazer a ponte entre o espírito aventuresco para crianças para contornos mais realistas. Algumas pessoas podem não ver uma evolução nesses últimos filmes. Neste As Relíquias da Morte há cenas de tortura, morte e (muito) sangue.

A tensão sexual entre os personagens não foi muito bem explorada, mas o roteiro os colocam como adolescentes convincentes, com todos os medos, ansiedades típicos da idade. A atuação dos atores também está melhor, explorando melhor as nuançes de cada personagem. Rupert Grint (Rony) é o que mostra a maior evolução. Em meio ao período de crise e risco de morte iminente, ele deixou pra trás sua veia cômica, que era tão explorada em filmes anteriores.

É interessante ver como Harry Potter evoluiu em diversos sentidos e encerra a franquia com jeito de cinema adulto. Estamos no meio do fim e podemos arriscar que, mirando apenas em seu público fiel, o final da série no ano que vem será um sucesso.



Fonte: JC Online.

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