domingo, 10 de outubro de 2010

Sem espaço em outros mercados, China busca importadores no Brasil.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que no acumulado do ano, até agosto, o Brasil importou da China o total de US$ 15,48 bilhões e exportou para aquele país US$ 19,91 bilhões, considerando o mesmo período.
Para fugirem da concorrência interna e fortalecerem suas parcerias comerciais com a América Latina, chineses estão vindo ao Brasil em busca de importadores para seus produtos. O mercado procurado é específico: o interesse não é escoar sua tradicional produção de eletroeletrônicos, mas sim, oferecer artigos para decoração e uso pessoal. A escolha do país é estratégica, já que o crescimento da economia brasileira tem ganhado visibilidade no exterior.
"Os chineses escolhem o Brasil pelo potencial do mercado consumidor. O Brasil vive uma estabilidade econômica, monetária. Como esse cenário não é encontrado nos tradicionais parceiros da China, como Estados Unidos, União Europeia e Japão, devido à crise financeira, o Brasil atrai todas as atenções", disse Kevin Tang, diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China. Hoje, o Brasil aparece como o 10º parceiro comercial da China.
"A China cresce e produz cada vez mais, mas o consumo do mercado interno não tem sido suficiente. Por isso, os chineses têm vindo com mais frequência para o Brasil", disse Charlys Wang, responsável por trazer chineses a feiras brasileiras. Somente neste ano, Wang já coordenou a visita de 4.000 produtores interessados em fazer parcerias com o país. "Esse número tem crescido nos últimos meses."
A aposta dos chineses no mercado brasileiro não tem se restringido mais aos eletrônicos. O país tem sido procurado para distribuir a produção de tecidos, roupas prontas, tapetes, artigos de decoração para casa, como móveis, flores artificiais, cortinas e luminárias.         
Teng Tian, gerente comercial de uma distribuidora de artigos de iluminação residencial, veio ao Brasil com sua equipe em busca de importadores para os produtos que comercializa na China.


Fonte: G1.

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