O candidato ao Governo de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB), durante coletiva de imprensa na noite deste domingo (3), reconheceu sua esmagadora derrota para o governador Eduardo Campos (PSB), eleito com 82% dos votos. "Reconheço a derrota. Não transfiro a culpa para ninguém. Sempre soube que a luta era desigual. Quando entro numa coisa, analiso todas as perspectivas. Eu sabia que ia enfrentar uma dificuldade muito grande", afirmou.
Entre os motivos citados para o insucesso, ele ressaltou sua forte oposição ao presidente Lula (PT), que é bastante apoiado em Pernambuco. "Talvez eu esteja pagando o preço por ser oposicionista. Um presidente que tem popularidade acima de 80% pode amedrontar outros, mas a Jarbas Vasconcelos ele não amedontra. O meu Estado, que sempre me admirou, que sempre votou comigo, que sempre me deu vitórias, neste momento não entendeu assim e achava que eu não deveria fazer oposição, talvez devesse ficar calado, omisso e silencioso em relação à conduta do Governo Federal. Não é por isso que vou deixar de falar, de criticá-lo".
Jarbas Vasconcelos lamentou profundamente a não reeleição de Marco Maciel ao Senado. "É com tristeza, como cidadão e como político, que vejo Maciel excluído do Senado". Quanto a Raul Jungmann, Jarbas disse ter um sentimento de culpa. "Ele foi candidato ao Senado porque eu pedi e vai ficar sem mandato também. São perdas que considero lamentáveis".
Após todas as lamentações, o peemedebista se mostrou empenhado na candidatura de Serra à presidência. Segundo ele, ajudar Serra foi um dos motivos que o fez se candidatar. "É o mais qualificado dos políticos brasileiros para ocupar a Presidência da República nessa fase pós Lula. Ele tem qualidade pra isso. A campanha pode não ter sido as mil maravilhas, mas ele vai pro segundo turno e eu vou me empenhar como se fosse uma eleição minha", defendeu Jarbas, que viaja para Brasília nesta segunda-feira (4), quando volta ao Senado e continua sua firme oposição.
COOPTAÇÃO - Mais uma vez Jarbas voltou a acusar o governador Eduardo Campos de cooptação de membros da oposição. "O governador fez a cooptação total e completa. É uma política que eu considerava já totalmente superada, que é a do toma lá e dá cá, você me dá os votos e eu lhe faço isso", declarou.
NÚMEROS - Jarbas teve menos votos que seus aliados e candidatos ao Senado. Enquanto o peemedebista recebeu 585.719 votos, Maciel teve 934.708, ficando em terceiro lugar na disputa pelo Senado. Até Raul Jungmann, 4° colocado na corrida pelo Senado, superou o candidato a governador, com 599.933.
Fonte: JC Online.
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