Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da Rússia, Dimitri Medvedev, assinaram nesta quinta-feira (8) o novo tratado de redução de arsenais nucleares entre os dois países. O acordo foi assinado em Praga, na República Tcheca.
O acordo é fruto de intensas negociações bilaterais entre as potências e ex-rivais da Guerra Fria, que aconteceram em Genebra durante vários meses.
"Hoje é um marco importante para a segurança e a não-proliferação nuclear, e para as relações entre EUA e Rússia", disse Obama durante a cerimônia. Medvedev saudou a assinatura como um "evento histórico" que deve iniciar um novo capítulo de cooperação entre os países.
Pelo documento, Rússia e Estados Unidos se comprometerão a reduzir o número de ogivas nucleares a 1.550 para cada país, o que representa uma queda de 74% em comparação ao limite do tratado START (de Strategic Arms Reduction Talks), assinado em 1991, que expirou no fim de 2009.
Irã
Os presidentes voltaram a pressionar o Irã, por conta do programa nuclear de Teerã. Eles disseram que o governo iraniano deve sofrer as consequências por insistir em manter o programa e não cooperar com as inspeções das Nações Unidas.
"Estamos trabalhando juntos no Conselho de Segurança da ONU para aprovar fortes sanções ao Irã, e não vamos tolerar ações que desconsiderem o Tratado de Não-Proliferação Nuclear", disse Obama.
Já Medvedev afirmou que as conversas com Obama sofre as sanções foram "francas e abertas".
"Infelizmente, o Irã não deu resposta a uma série de propostas construtivas. Não podemos fechar os olhos para isso. Não posso excluir que o Conselho de Segurança tenha de cuidar desse assunto", acrescentou o presidente russo.
Ratificação
Para entrar em vigor, o novo tratado deve ser ratificado pelos Parlamentos dos dois países.
O presidente Obama disse estar "confiante" de que o Congresso dos EUA vai aprovar o documento.
Nova doutrina dos EUA
Obama assinou o tratado 48 horas depois de ter anunciado uma nova doutrina nuclear, segundo a qual os Estados Unidos só recorrerão às armas nucleares "em circunstâncias extremas", para defender seus interesses vitais e os dos aliados.
No ano passado, o presidente dos EUA ganhou o Prêmio Nobel da Paz, e o comitê do prêmio mencionou seus esforço para deter a proliferação nuclear.
Fonte: G1.
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