terça-feira, 9 de março de 2010
Meio-campo Dedé é considerado o Cabañas brasileiro
Do dia em que o meio-campo Dedé chegou ao Santa Cruz até a estreia se passaram quatro semanas. Tempo de ansiedade e de expectativa. Ele foi bem, e até recebeu elogios. Mas Dedé poderia até nem ter sido notado pelo torcedor, que sairia do jogo feliz de qualquer jeito.
O simples gesto de vestir a camisa de um time profissional equivale, para Dedé, sem exagero, a uma conquista de Copa do Mundo. É a satisfação pessoal de fazer aquilo que ama. Mas o que o impediria de jogar futebol? A história, que o faz ser conhecido como o Cabañas brasileiro, é a razão.
Dedé já se acostumou a falar no assunto desde a data em que tudo aconteceu. “Foi no dia 29 de novembro de 2008. Todo ano eu comemoro esse dia. Foi um dia onde eu escapei", falou.
A marca no braço, que parece com a cicatriz de uma vacina, tem outra explicação. “Em um final de semana de folga, resolvi ir para um sítio fora de Fortaleza onde, na volta, à tarde, fui abordado com quatro elementos que entraram na frente do carro mandando eu parar. Na hora, fiquei um pouco nervoso e acabei acelerando para cima deles. Nessa hora eles dispararam oito tiros no carro, e pegou um no meu braço”, exlicou.
A bala que atravessou o braço atingiu o tórax do jogador. E ainda está no corpo. “O projétil da bala ainda tá do lado do pulmão, onde não pode operar porque é muito perigoso. O doutor falou que daqui a três anos ele sobe para a pele, e aí que pode tirar”, explicou.
Um drama parecido com o do paraguaio Salvador Cabañas. Em janeiro, o atacante levou um tiro na cabeça, na Cidade do México. Depois de um mês, ainda com a bala alojada no cérebro, ele deixou o hospital e ainda não sabe se voltará a jogar futebol.
“Acho que o pior já passou com ele, e que ele é um craque, um ídolo lá no Paraguai. Espero que ele volte porque gosto muito do futebol dele”. Nos dias de frio, Dedé lembra que o projétil está dentro no corpo, mas nada que o impeça de treinar, de jogar, de tocar a carreira e, principalmente, de tocar a vida.
“Acho que tem que viver intensamente, sem ter medo do que querer fazer na vida. Ter personalidade para fazer. Sem ter vergonha de ninguém”, concluiu.
Fonte:pe360graus
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