sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Presidente da Câmara do DF recua e desiste de forçar saída de manifestantes.

O presidente interino da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Cabo Patrício (PT), recuou nesta sexta-feira e desistiu de forçar os manifestantes que estão no plenário da Casa desde a última quarta-feira a deixarem o local.

Apesar de ter um mandado de reintegração de posse em mãos, Patrício deu novo prazo para o grupo desocupar o plenário. Os manifestantes pedem o impeachment do governador José Roberto Arruda (DEM), suspeito de participação em um esquema de corrupção.

Após uma reunião entre representantes dos manifestantes e deputados distritais, Patrício marcou um novo encontro para amanhã às 11h, quando espera a saída pacífica do grupo.

"Tenho certeza que eles querem uma solução para toda essa corrupção. O Legislativo não pode ser paralisado. Temos que garantir o funcionamento sem constrangimentos e sem agressão", afirmou o petista, que espera não ter que usar força policial para retirar os manifestantes.

Patrício também garantiu que a Câmara vai realizar uma sessão na próxima terça-feira para eleição do novo corregedor da Casa, que cuidará dos processos contra sete deputados distritais e dois suplentes.

Eles são citados no inquérito que investiga o suposto pagamento de propina do governador José Roberto Arruda (DEM) para parlamentares da base aliada.

O corregedor Junior Brunelli (PSC), envolvido nas denúncias de corrupção, se afastou do cargo, e os processos estão parados até a escolha do corregedor temporário.

Reintegração

Hoje à tarde, a juíza Júnia de Souza Antunes concedeu reintegração de posse para a Câmara Legislativa. Dois oficiais de Justiça foram até a Câmara para tentar negociar com os manifestantes a desocupação do plenário da Casa.

Os manifestantes disseram que manteriam o acampamento até a Câmara colocar em votação os processos de impeachment contra Arruda.

Enquanto os manifestantes ocupam o plenário, a maioria dos deputados optou por ficar fora das dependências da Casa --o que na prática impede a retomada dos trabalhos.



Fonte: Folha Online.

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