A diarista Maria José de Oliveira Santos Gomes, 46 anos, acusada de matar sua patroa, a compradora Kátia Badinger, 48 anos, forjando um suicídio na cidade de Indaiatuba (SP), foi transferida na segunda-feira para a cadeia feminina na região de Campinas, interior do Estado. O crime ocorreu em fevereiro deste ano.
Maria José era considerada foragida desde 18 de setembro, quando a 1ª Vara Criminal de Indaiatuba decretou sua prisão preventiva. Segundo o Ministério Público, ela é autora do assassinato de Kátia.
A diarista foi presa no dia 26 de novembro, em uma fazenda entre os municípios de Terra Roxa e Guaira (PR). A Polícia Civil localizou Maria José, após seguir os passos de seu marido Benedito Gomes Filho, durante sua viagem nas proximidades da divisa com o Paraguai.
Frieza
O corpo de Kátia Badinger foi encontrado no dia 20 de fevereiro no banheiro do apartamento onde morava e estava pendurado pelo pescoço com o cano flexível do bidê preso a um registro de água sob o vaso sanitário.
"Ela (a acusada) tinha inveja da patroa (a vítima). Ela demonstrava muita frieza, muita raiva", disse a delegada assistente de Indaiatuba, Cibele Roberta Mezzalira Sanches, responsável pelo caso desde o começo das investigações.
Segundo a delegada, há claros indícios de que a diarista forjou o suicídio da patroa. Exames do Instituto Medico Legal (IML) mostraram que o corpo da vítima apresentava uma costela quebrada, entre outros ferimentos não característicos a um suicida por enforcamento. Os exames ainda sugerem lesões decorrentes de luta corporal. A delegada não descarta a participação de mais pessoas no crime.
Uma investigação inicial já apontava que a diarista comprou um telefone celular transferindo para o nome da patroa. O aparelho foi usado para arquivar mensagens simulando uma despedida dirigida a familiares e conhecidos.
Segundo a polícia, o texto de adeus continha erros de português não condizentes com os termos utilizados pela vítima.
Fonte: Terra.
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