Além da banda larga móvel (3G), que hoje representa 4,48% da base de 169,7 milhões clientes da telefonia móvel no Brasil, as empresas de celular estão dispostas a aumentar a receita com os chamados Serviços de Valor Adicionado (VAS, na sigla em inglês), que representam as trocas de dados no sistema móvel. Uma das estratégias é ampliar o tipo de serviço, e uma delas foi adotada na semana passada pela Oi, com os torpedos a cobrar. O serviço aliás, já é prestado de forma pioneira pela Claro desde março.
Apesar das novidades, no Brasil, assim como no resto da América Latina, os VAS ainda têm uma participação pequena na receita de serviços das operadoras. Como não existem informações públicas detalhadas do mercado de Serviços de Valor Adicionado Móveis no Brasil e na América Latina, a Acision, empresa do ramo de tecnologia, desenvolve o Projeto Mavam (Monitor Acision de VAS Móvel) – em parceria com a consultoria Teleco – para estudar esse mercado e monitorar os principais indicadores. O projeto busca ainda criar uma base de dados e analisar tendências do uso de VAS móvel no País.
De acordo com esses dados, a receita bruta das operadoras de telefonia móvel com o VAS foi de R$ 2 bilhões no terceiro trimestre deste ano, representando 12,5% do faturamento do setor de telefone celular. Essa participação de VAS na receita total de serviços ainda é pequena quando comparada a países como os Estados Unidos onde ela atingiu 22% em 2008.
Dentro desta cesta de dados, a internet banda larga representa 35% do faturamento do setor com VAS e as mensagens de texto, conhecidas como torpedos ou SMS (do inglês serviço de mensagens curtas), representam 50%. Os outros 15% estão distribuídos no ramo de entretenimento (música, ringtone, imagens, jogos, TV e vídeo), redes sociais, pagamentos e mobile banking. De acordo com a pesquisa Mavam, em capitais como São Paulo o SMS é utilizado por 80% dos clientes.
Isso explica campanhas como a da Oi e a da Claro. Nos dois casos, de SMS a cobrar, o serviço só está disponível para mensagens trocadas entre clientes da mesma operadora. No caso da Oi, o cliente envia a sua mensagem através do seu aparelho e quem paga é o destinatário, ou seja, quem a recebe. Cada mensagem recebida custa R$ 0,45 e todos os clientes Oi, independente do plano de serviços adquirido, podem utilizar o serviço. Inclusive, mesmo que o ele não possua saldo, pode enviar mensagens aos seus contatos, já que quem paga é o destinatário.Fonte: JC Online.
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