Em declarações divulgadas pela agência oficial de notícias local "Irna", o porta-voz do Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Shirzadian, insistiu em que sob nenhum conceito seu país renunciará ao que considera um direito.
"O Irã pretende manter o enriquecimento até 5%, mas, se a negociação não produzir o resultado esperado, colocaremos nossos próprios meios para começar a enriquecer urânio até 20%. É um direito nosso", disse o porta-voz.
Uma delegação iraniana de alta categoria viajou esta madrugada à capital austríaca para iniciar uma negociação a respeito com representantes dos Estados Unidos, Rússia e França.
Segundo fontes locais, o objetivo é garantir que o Irã possa comprar urânio enriquecido em até 20% para poder utilizá-lo em um reator destinado à pesquisa e ao desenvolvimento médico.
Em 1º de outubro, o regime iraniano retomou o diálogo nuclear com as grandes potências, que o acusam de esconder, sob seu programa atômico civil, outro de natureza clandestina e aplicações militares, que teria como objetivo a aquisição de um arsenal nuclear.
Fontes europeias disseram que, durante a reunião, foram colocadas várias propostas, incluindo uma para que o Irã envie seu urânio empobrecido ao exterior e o recupere meses depois enriquecido em 20%.
Mas, de acordo com a rede de televisão estatal por satélite iraniana, o regime rejeita esta ideia e pretende comprar o urânio já enriquecido à França, Rússia e inclusive Estados Unidos, país com o qual não tem relações diplomáticas há quase 30 anos.
Fonte: EFE.
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