Inquérito concluído nessa quinta-feira (10) pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (Dema) de Goiás aponta seis pessoas como responsáveis pela morte de animais no Parque Zoológico de Goiânia. A investigação mostra que 6 das 23 mortes ocorridas neste ano foram após os animais receberem anestesia. Cinco foram anestesiados durante um módulo de um curso ministrado pelo Instituto Qualitas, do qual participaram o diretor do zoo, Raphael Cupertino, e funcionários
As investigações começaram após uma onda de mortes no zoo, que atingiu 69 animais neste ano. Vários eram de grande porte, como duas girafas. O inquérito tentou identificar a causa de 23 mortes consideradas suspeitas e descobriu a existência de nexo entre 6 delas. Cinco animais - um leão, uma onça-pintada, um tamanduá-bandeira, uma queixada e um hipopótamo - foram anestesiados durante o curso de pós-graduação, e um bisão recebeu o medicamento meses depois, para a realização de exames a pedido da própria direção do zoo.
CURSO - O curso do Instituto Qualitas era realizado em Brasília, mas as aulas chegaram a ser temporariamente transferidas para Goiânia para uma cirurgia no hipopótamo Fofão, cujas presas estavam provocando perfurações na sua região nasal. Durante as aulas, sete animais foram anestesiados e cinco morreram. Além do professor José Ricardo Pachaly e do diretor do zoo, a polícia aponta como possíveis responsáveis os veterinários José Carlos Fávaro Júnior e Alcides Mendes de Sousa Júnior, que participaram do curso.
Cupertino também foi acusado, juntamente com a zootecnista Rita Figueiredo de Carvalho Passeto e o funcionário Bruno de Oliveira Brito, pela morte de nove tracajás e de uma tartaruga da Amazônia, durante limpeza do tanque em que viviam. As demais mortes foram consideradas inconclusivas ou ocorridas de maneira natural.
Fonte: Agência Estado.
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