"A medida que o tempo vai passando, a capacidade de que a volta do presidente Zelaya tem de legitimar eleições vai se enfraquecendo. Isso é ruim para a democracia. Então, é preciso que não só o presidente volte, mas que volte rápido. Para que ele volte rápido, é preciso que os golpistas entendam que eles não tem futuro. E quem pode dizer isso com todas as letras para eles são os EUA, que tem maior influência direta", disse Amorim após reunião entre Zelaya e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O Brasil tem se manifestado com firmeza e com frequência tanto diretamente junto com o governo dos EUA quanto através da OEA [Organização dos Estados Americanos], porque nós achamos que as ações devem ser conduzidas através da OEA", afirmou o chanceler.
Os EUA, que já cortaram verbas destinadas a Honduras, já anunciaram que planejam cortar mais US$ 25 milhões em assistência, além de manter a sua proibição de concessão de vistos diplomáticos a membros do governo interino, mas se recusam a adotar 'sanções econômicas sufocantes'. Os americanos compram 40,6% das exportações hondurenhas.
Na semana passada, o chanceler já tinha pedido ao assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general Jim Jones, também em Brasília, que o país bloqueasse as contas bancárias de Micheletti e aumentasse a asfixia econômica do governo interino. No dia seguinte, porém, o presidente Barack Obama disse achar 'irônico' que as nações que 'criticaram a ingerência dos EUA na América Latina estejam reclamando agora que o país não interfere o suficiente'.
Nos últimos dias, Obama reiterou em várias ocasiões que apoia o retorno de Zelaya ao poder, mas, na entrevista de sexta passada (7), disse que não pode "apertar um botão e restitui-lo".
Fonte: Folha Online.
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